Marx Beltrão critica crise no INSS e defende concurso público para servidores do Instituto

O deputado federal Marx Beltrão (PSD), coordenador da bancada alagoana no Congresso Nacional, criticou de modo contundente o cenário de caos no atendimento aos segurados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) no Brasil e em Alagoas. “O governo do presidente Bolsonaro precisa agir com urgência para reverter este cenário de caos e oferecer um atendimento digno à sociedade. Quem procura o INSS é uma faixa da população que mais precisa, e é absurda a humilhação a que esta população esta sendo submetida” afirmou o parlamentar.

“Em Alagoas, nos últimos três anos, o quadro de servidores foi reduzido em 43%. Mais de 21 mil processos de reconhecimento inicial de benefícios atrasados aguardam avaliação. A central de manutenção de benefícios acumula 12 mil processos sem resposta em nosso estado. É um desrespeito ao cidadão e a culpa não é dos servidores. Vou lutar para que o INSS seja reestruturado e cumpra seu papel com eficiência e respeito às pessoas” afirmou Marx Beltrão.

“Paliativos são paliativos e por isso não são permanentes e precisam ser evitados. O governo precisa é fazer concurso e recompor os quadros de servidores do INSS. A população merece respeito, há uma sobrecarga de trabalho para os servidores da ativa e o resultado é este: filas, atrasos, desrespeitos e pessoas carentes e sofridas passando ainda mais privações. Vamos lutar em Brasília para sensibilizar o governo e reverter este quadro lamentável e inaceitável”, disse Beltrão.

Medidas de Curto Prazo

Recentemente o governo federal anunciou medidas para tentar dar vazão aos pedidos de benefícios previdenciários como aposentadoria, salário-maternidade e auxílio-doença, que estão represados à espera de análise do INSS. Parte delas engloba a contratação de pessoal para auxiliar na redução da fila de pedidos. No entanto, o reforço para acelerar a análise dos requerimentos é justamente para não ter que fazer concurso público, segundo o próprio INSS.

A lista de medidas apresentadas inclui a contratação de até 7 mil militares da reserva e de servidores aposentados do próprio INSS. Além disso, o governo quer remanejar analistas do órgão que hoje estão no atendimento para a análise de documentos, restringir a cessão de servidores do INSS a outros órgãos e periciar mais de 1,5 mil casos de servidores do INSS que estão afastados para que parte deles possa voltar ao trabalho.