Cabo submarino de fibra óptica que liga Brasil à Europa é inaugurado

Infraestrutura que conecta Fortaleza a cidade em Portugal permite um tráfego maior de dados em menos tempo

Ministro Marcos Pontes participou da cerimônia que marcou o início das operações

Ministro Marcos Pontes participou da cerimônia que marcou o início das operações

DIVULGAÇÃO: MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÕES (MCTI)

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações anunciou, nesta-terça (1º), que foi inaugurado na cidade de Sines, em Portugal, o primeiro cabo submarino de fibra óptica que liga diretamente o Brasil e a Europa. A infraestrutura será usada para educação e pesquisa, mas também para serviços e nuvem e negócios digitais.

O cabo submarino possui 6 mil quilômetros de extensão e conecta diretamente a cidade de Fortaleza, no Ceará, a Sines, sem a necessidade de os dados passarem pelos Estados Unidos, como ocorre atualmente com a maior parte das transmissões. Além da rota pela água, conexões por terra devem ligar o cabo a estados como São Paulo e Rio de Janeiro, além de Madrid, na Espanha, e Marselha, na França.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, participou da cerimônia que marcou o início das operações e disse que a tecnologia permite um tráfego maior de dados em uma velocidade muito mais acelerada e destacou a importância do feito para a ciência.

“Esse cabo é muito importante para a ciência do Brasil porque permite a troca de informações de forma mais efetiva entre os continentes. Vamos precisar disso cada vez mais”, disse. “Agora, durante a pandemia, nós temos a chance de trabalharmos juntos (Brasil e Portugal) contra esse inimigo em comum que é a covid-19, pois apenas por meio da ciência podemos derrotá-lo.”

A empresa EllaLink, responsável pela instalação do cabo, afirmou ainda que o sistema garante “acesso de alta qualidade aos serviços e aplicações de telecomunicações, por meio de uma conexão direta de alta velocidade e baixíssima latência”. Segundo a empresa, o cabo é capaz de reduzir em 50% a latência da conexão atual.

De acordo com o MCTI, o projeto custou cerca de de R$ 1 bilhão e é uma realização da Ella Link com o Diálogo Digital Brasil e a União Europeia. Enquanto a EllaLink investiu €150 milhões (aproximadamente R$ 950 milhões) na construção, a Comissão Europeia contribuiu com € 25 milhões (cerca de R$ 160 milhões) e o governo brasileiro empregou €8,9 milhões (aproximadamente R$ 56 milhões).

 

Edmilson Teixeira

É Jornalista graduado pela UFAL em 1987 e Pós-Graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing pelo Cesmac, em 2010.