Árbitro do TO sofre 2ª agressão em 4 anos e fala sobre episódio com atleta do Penarol-AM

O goleiro Bruno Colaço, do Penarol-AM, pode pegar até 180 dias de suspensão pela agressão ao árbitro Dagoberto Modesto

Por Edson Reis, Palmas (TO)


Bruno Colaço agride árbitro — Foto: Reprodução

Bruno Colaço agride árbitro — Foto: Reproduçãohttps://76092cbb471979f498f4b1b735bd1d7e.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

O árbitro tocantinense, Dagoberto Modesto, voltou a ser vítima de agressão, em campo, quatro anos depois. O profissional foi surpreendido no último sábado (19) pelo goleiro Bruno Colaço, do Penarol-AM, com um soco. O lance foi registrado na partida entre Fast e Penarol-AM, pelo Brasileiro da Série D, após Dagoberto expulsar o arqueiro, que havia cometido um pênalti. O Fast venceu o duelo por 3 a 2.

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Em maio de 2017, Dagoberto Modesto já havia sido vítima de agressão. Ele apitava um jogo da terceira divisão do Tocantinense, entre União Peixense e Embuguaçuano. A agressão foi cometida pelo zagueiro Itamar, que deu um tapa no rosto do profissional, após receber vermelho. A punição veio depois da reclamação de uma falta a favor da própria equipe o – União Peixense. O jogador foi julgado e punido com um ano e 35 dias. Veja vídeo aqui.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Nesta segunda-feira (21), o ge conversou com Dagoberto Modesto sobre o lance do último sábado, no Amazonas. Dagoberto lamentou o ocorrido e disse ser um desafio igual em outras profissões, com o lado bom e o lado ruim.

– A gente não quer que isso ocorra, mas quando acontece tem que tá preparado mentalmente para controlar a situação e já se preparar para a próxima batalha. São coisas que acontecem e não desejamos para ninguém.

– No lance, o time do Penarol havia acabado de toma uma virada, 3 a 2. A equipe ganhava por 2 a 0, e levaram 3 gols no segundo tempo. O lance seria do quarto gol, era uma oportunidade clara de gol. O texto da regra hoje, pede que o árbitro aplique apenas o amarelo. Só há mudança, quando é um jogo brusco grave ou conduta violenta. Apliquei o amarelo no lance, só que ele descontrolou e começou a me xingar, e então apliquei o vermelho, foi quando ele veio tentar me agredir. O braço dele não chega acertar no meu rosto. Não teve contato, graças a Deus.

– Só quero deixar claro, que antes do cartão vermelho teve um amarelo pelo penal. Que fique bem claro, a expulsão foi por causa dos xingamentos dele. Foi a reação após receber o amarelo. Pela imagem, não dá para ver, e muitos estão criticando que o lance não era para vermelho e realmente não era.

O goleiro Bruno Colaço se pronunciou sobre o episódio, por meio das redes sociais da equipe amazonense, neste domingo (20). Segundo o arqueiro, está arrependido do que fez e pediu desculpas ao árbitro pelo ocorrido.

-Infelizmente algumas coisas são explicadas somente de uma maneira e acaba não explicando o contexto de toda a situação. Ontem no jogo de ontem eu acabei fazendo um pênalti, um pênalti claro, onde em nenhum momento eu questiono a decisão do pênalti.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

– O que acontece é que o juiz ele não ia me dar cartão amarelo. Aí um jogador do Fast pressiona ele pra ele me dar o cartão amarelo e ele fala com essas seguintes palavras: “eu não vou dar o cartão porque o corte do atacante foi para a linha de fundo e não em direção ao gol. Então a penalidade já é a punição”. Aí passou alguns segundos, os jogadores do Fast ficam pressionando ele e ele acaba mudando a sua opinião e acaba me dando cartão amarelo. Veja toda declaração do atleta e o posicionamento do clube aqui.

Em relação a fala do goleiro sobre a pressão pelo cartão amarelo, o árbitro disse que em momento algum falou em não aplicar o amarelo.

– Ele fala em uma reportagem, que eu não daria o amarelo. Que após pressão de jogadores, eu aplico o cartão. Nesse momento, o atleta está mentindo. Não falei em momento algum em não dar cartão para ele. Disse que o atleta que estava caído (sofreu a penalidade) se precisasse de atendimento e fosse o cobrador do pênalti, não teria necessidade de sair do campo. O goleiro questiona comigo a saída do jogador adversário e um cartão. Eu disse para ele: “Mesmo com cartão ou sem cartão, o jogador não precisava sair, neste momento virei e apliquei amarelo para ele [o goleiro Bruno Colaço]” -finalizou.

Conforme o artigo 254, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), agressões praticadas contra árbitros, assistentes ou demais membros de equipe de arbitragem, a pena mínima será de suspensão por cento e oitenta dias. O caso deve ser julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O árbitro informou que o assunto já é analisado.

Globo Esporte AM

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