Anvisa aprova a liberação da vacina contra a varíola do macaco

Agência autorizou uso do imunizante produzido pela farmacêutica Bavarian Nordic e adquirido pelo Ministério da Saúde junto à Opas

Vacina contra a varíola do macaco é indicada a adultos acima de 18 anos

ERIC GAILLARD/REUTERS – 27.7.2022

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou na noite desta quinta-feira (25) a liberação da vacina contra a varíola do macaco (monkeypox) produzida pela farmacêutica Bavarian Nordic, na Dinamarca e na Alemanha, e adquirida pelo Ministério da Saúde junto à Opas/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial de Saúde). 

Conforme decisão tomada na última semana em que a agência autorizou a importação e o registro excepcionais de remédios e imunizantes contra doença, desde que aprovados por órgãos reguladores internacionais, a diretoria colegiada da Anvisa usou dados fornecidos pelo FDA (agência reguladora dos Estados Unidos), EMA (agência europeia) e órgão regulador do Reino Unido para aprovar o imunizante já aplicado nesses países. 

A vacina não foi feita exclusivamente contra a varíola do macaco e sim contra a varíola humana, doença que foi considerada erradicada pela OMS em 1980. Mas, como os dois vírus fazem parte da família ortopoxvírus, o imunizante é usado para prevenir também contra a monkeypox. 

Meiruze Freitas, diretora-relatora da Anvisa, destacou em seu voto que é esperado que a vacina contra a varíola previna ou reduza a gravidade da infecção pela monkeypox. Todavia, ressaltou ser necessária a realização de estudos de monitoramento aqui no Brasil para confirmar a eficácia. 

O Brasil espera a chegada de 50 mil doses no próximo mês. De acordo com entrevista coletiva da última segunda-feira (22) do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esses imunizantes serão destinados apenas aos profissionais de saúde que lidam diretamente com as pessoas infectadas.

Os fármacos devem ser conservados em temperatura entre -60 a -40°C, têm validade de 60 meses e são indicadas apenas a adultos acima de 18 anos. 

O que se sabe sobre a vacina contra a varíola do macaco?

Estou com sintomas de varíola do macaco. O que devo fazer? Tire esta e outras dúvidas

O que devo fazer caso o diagnóstico de varíola do macaco seja confirmado? O R7 teve acesso a recomendações do Instituto de Infectologia Emílio Ribas que servem para casos confirmados e suspeitos e que vão ao encontro das orientações do Ministério da Saúde. Veja a seguir: - Usar máscara cirúrgica perto de outras pessoas e se houver sintomas respiratórios como tosse, falta de ar e dor na garganta; - Evitar contato com animais, inclusive animais de estimação;- Cobrir as feridas da pele com uso de mangas longas ou calças compridas para minimizar o risco de contato com outras pessoas;- Permanecer em área separada dos demais moradores da residência, inclusive durante as refeições, e manter as janelas abertas;- Lavar a escova de dentes após o uso com água e detergente neutro, secá-la e guardá-la separadamente; - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% antes e depois do contato com secreção da lesão e fluidos;- Higienizar as áreas próximas (superfícies) e o ambiente diariamente com água e sabão/detergente, álcool 70% ou hipoclorito de sódio 0,1% a 0,5%; - Higienizar o banheiro após cada uso (vide orientações acima); - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% depois do contato com as roupas, lençóis, toalha de banho ou superfícies próximas; - As pessoas que residem no domicílio deverão higienizar as mãos após contato com o paciente, objetos e roupas utilizadas pelo paciente; - As roupas devem ser separadas com cuidado para não haver contato direto com o material contaminado. Não sacudi-las, para evitar dispersar partículas infecciosas; - Lavar roupas de cama, toalhas, roupas de uso individual separadas em máquina de lavar ou em tanque com água e sabão. Alvejante (água sanitária) pode ser adicionado, mas não é necessário; - Pratos e outros talheres não podem ser compartilhados e deverão ser devidamente lavados com água e sabão; - Os resíduos contaminados, como curativos e bandagens, deverão ser descartados em saco plástico no lixo domiciliar; - O isolamento deve ser mantido até que todas as feridas tenham formado crosta e se desprendido naturalmente, por um período de cerca de três a quatro semanas;- Não ter contato com pessoas imunocomprometidas até que todas as crostas desapareçam. A interrupção do isolamento durante a doença só deverá ocorrer se houver necessidade de avaliação presencial em serviços de saúde; - Não manter relação sexual durante o isolamento e utilizar preservativo durante três meses após o diagnóstico 
O cenário da varíola do macaco nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte é de transmissão comunitária, o que significa que qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus monkeypox. Nesse contexto, o Ministério da Saúde orienta as pessoas a procurarem atendimento médico em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) da sua região ao apresentarem os sintomas característicos da doença
Quais são os primeiros sintomas da varíola do macaco? Nos primeiros dias, os sintomas mais comuns da infecção são febre, dor de cabeça, inchaço dos gânglios linfáticos (popularmente conhecido como íngua), cansaço intenso, dores musculares e nas costas. As lesões na pele costumam aparecer entre o primeiro e o quinto dia após a febre e, no surto atual, podem se concentrar na região genital e/ou perianal. “[A varíola do macaco tem uma] forma clínica diferente de se manifestar em cada pessoa, algumas têm lesão só na região genital, outras podem ter no couro cabeludo, em outra parte do corpo, não é algo uniforme”, explica o infectologista José Ângelo Lindoso, coordenador do Grupo de Doenças Negligenciadas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo 
O que devo fazer caso o diagnóstico de varíola do macaco seja confirmado? O R7 teve acesso a recomendações do Instituto de Infectologia Emílio Ribas que servem para casos confirmados e suspeitos e que vão ao encontro das orientações do Ministério da Saúde. Veja a seguir: - Usar máscara cirúrgica perto de outras pessoas e se houver sintomas respiratórios como tosse, falta de ar e dor na garganta; - Evitar contato com animais, inclusive animais de estimação;- Cobrir as feridas da pele com uso de mangas longas ou calças compridas para minimizar o risco de contato com outras pessoas;- Permanecer em área separada dos demais moradores da residência, inclusive durante as refeições, e manter as janelas abertas;- Lavar a escova de dentes após o uso com água e detergente neutro, secá-la e guardá-la separadamente; - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% antes e depois do contato com secreção da lesão e fluidos;- Higienizar as áreas próximas (superfícies) e o ambiente diariamente com água e sabão/detergente, álcool 70% ou hipoclorito de sódio 0,1% a 0,5%; - Higienizar o banheiro após cada uso (vide orientações acima); - Higienizar as mãos com água e sabão ou com álcool 70% depois do contato com as roupas, lençóis, toalha de banho ou superfícies próximas; - As pessoas que residem no domicílio deverão higienizar as mãos após contato com o paciente, objetos e roupas utilizadas pelo paciente; - As roupas devem ser separadas com cuidado para não haver contato direto com o material contaminado. Não sacudi-las, para evitar dispersar partículas infecciosas; - Lavar roupas de cama, toalhas, roupas de uso individual separadas em máquina de lavar ou em tanque com água e sabão. Alvejante (água sanitária) pode ser adicionado, mas não é necessário; - Pratos e outros talheres não podem ser compartilhados e deverão ser devidamente lavados com água e sabão; - Os resíduos contaminados, como curativos e bandagens, deverão ser descartados em saco plástico no lixo domiciliar; - O isolamento deve ser mantido até que todas as feridas tenham formado crosta e se desprendido naturalmente, por um período de cerca de três a quatro semanas;- Não ter contato com pessoas imunocomprometidas até que todas as crostas desapareçam. A interrupção do isolamento durante a doença só deverá ocorrer se houver necessidade de avaliação presencial em serviços de saúde; - Não manter relação sexual durante o isolamento e utilizar preservativo durante três meses após o diagnóstico 
O cenário da varíola do macaco nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte é de transmissão comunitária, o que significa que qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus monkeypox. Nesse contexto, o Ministério da Saúde orienta as pessoas a procurarem atendimento médico em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) da sua região ao apresentarem os sintomas característicos da doença
  • O cenário da varíola do macaco nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte é de transmissão comunitária, o que significa que qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus monkeypox. Nesse contexto, o Ministério da Saúde orienta as pessoas a procurarem atendimento médico em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) da sua região ao apresentarem os sintomas característicos da doençaReprodução do HOSPITAL GERAL DE MASSACHUSETTS

Saúde / do R7

Edmilson Teixeira

É Jornalista graduado pela UFAL em 1987 e Pós-Graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing pelo Cesmac, em 2010.