Usina Pìndorama investe em inovação visando avançar na produção de etanol de cereais
A Cooperativa Pindorama está realizando uma inovação no seu sistema de produção de etanol de cereais. Uma adaptação nas torres de destilação de álcool e dornas da cana, além da compra de dois novos moinhos vão contribuir para o aumento da capacidade de fabricação do etanol a partir do milho e do sorgo, além do WDG, que é um coproduto resultante da fabricação do etanol, rico em proteínas e destinado à nutrição animal.
Gerente industrial da Usina Pindorama, o engenheiro Erikson Viana detalha as adaptações e explica como elas contribuirão para a ampliação da produção do etanol de cereais. “Compramos dois novos moinhos completos, estamos fazendo a recuperação dos rolos, a estrutura já está pronta. Com isso, vamos aumentar a capacidade de moagem do milho e do sorgo. Também já adaptamos dornas da cana para os cereais. Caso precise aumentar a capacidade dornas, usaremos junto com as que já tem do milho e sorgo, aumentando, também, a capacidade de fermentação. Depois do vinho pronto na volante, estamos fazendo as ligações para utilizar o aparelho de destilação da cana com o vinho do milho ou do sorgo, para aumentar a capacidade de álcool. Então, a gente usa o aparelho da cana e do cereal para produzir álcool do milho ou sorgo. Depois de tudo isso, lá final, a gente tem a retirada do WDG. Vamos ter um volume maior de vinhaça grossa, então vai ter mais WDG. Para isso, um outro decanter está sendo instalado para poder despachar o produto final, dando o fluxo contínuo do processo”, relatou Viana.
Atualmente, a usina de etanol de cereais da Pindorama fabrica cerca de 120 mil litros por dia, com a produção de aproximadamente 120 toneladas de WDG
Com as adaptações, Viana afirma que a capacidade de produção de etanol de cereais e WDG basicamente dobrarão. No caso do etanol, estima-se a produção de cerca de 180 mil litros/dia, enquanto a de WDG saltaria para a casa das 200 toneladas/dia.
A Usina Pindorama é pioneira no Norte e Nordeste na fabricação do etanol a partir do milho e do sorgo, sendo a primeira unidade sucroenergética flex dessas regiões. De acordo com Erikson Viana, o investimento permite que a usina continue produzindo mesmo na entressafra da cana-de-açúcar.
“Estamos com a moagem da cana parada. Apesar desse período de entressafra, que vai perdurar por quatro meses, continuamos fabricando o etanol a partir do milho ou do sorgo. Temos a expectativa de produzir, nesse meio tempo, cerca de 12 milhões de litros de álcool de sorgo, que é o cereal mais rentável no momento”, disse Viana.
A safra 24/25 de cana-de-açúcar está prevista para iniciar em meados de agosto deste ano. Enquanto isso, a unidade de etanol de cereais segue a pleno vapor, com previsão de produzir cerca de 12 milhões de litros de etanol a partir do sorgo nos próximos 4 meses, trazendo lucros à empresa e seus associados, mesmo num período de ócio das usinas sucroalcooleiras, imposto de forma natural por conta do ciclo da cana.
Para o presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, é muito importante para a economia do estado essa produção de etanol pela Usina Pindorama no período de entressafra.
“Essa alternativa do etanol de milho e do sorgo é muito interessante exatamente para isso. No estado de Alagoas e no Nordeste como um todo foi encerrada a safra no final do mês de março, e poucas usinas foram até abril. Nesse período de abril até setembro não há produção na região. Alagoas, por exemplo, se abastece com álcool vindo de outros estados, chegando, naturalmente, com um custo bem mais alto aqui. Então, a ideia de fazer a produção de etanol também nesse período, já que fabricamos etanol de milho ou sorgo durante o ano todo, vai dar continuidade, já que ele independe de outros fatores. Isso é uma coisa muito importante, extremamente rentável para o estado e muito estratégica para nossa Cooperativa”, classificou Klécio Santos.
Com informação da Assessoria