Pindorama intermedia junto a Desenvolve linha de crédito para atender rezicultores de AL e SE
Linha de crédito da rizicultura foi criada a partir de gestão do presidente da Cooperativa Pindorama junto ao Governo do Estado
Nesta terça-feira, 10, 54 produtores de arroz da região do Baixo São Francisco dos estados de Alagoas e Sergipe foram beneficiados com uma linha de crédito voltada para a rizicultura ofertada pela Desenvolve – Agência de Fomento do Estado de Alagoas. As assinaturas dos contratos foram realizadas pela manhã na Unidade de Beneficiamento de Grãos da Cooperativa Pindorama, no município de Igreja Nova/AL.
A linha de crédito surgiu por iniciativa do presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, que buscou, junto ao Governo do Estado, por enxergar que o financiamento é uma forma resgatar a rizicultura na região, além ser uma maneira de afastar os pequenos produtores das ações de agiotas e atravessadores.
“Hoje estamos aqui com a Desenvolve, fazendo o fomento do plantio do arroz. Alagoas deve ter, neste ano, uma safra muito interessante, porque a Pindorama, através da Unidade de Beneficiamento de Grãos, que pertence à Cooperativa, dá essa sustentação, essa segurança da comercialização através do processo de industrialização, aos produtores de arroz da região que, antes, viviam muito em função do fomento vindo através de agiotas, e a parte da comercialização ficava muito à mercê de vários atravessadores, trazendo um prejuízo enorme para aquele que planta. A Pindorama pensa muito no bem-estar do pequeno produtor, e isso vai dinamizar a economia aqui da região”, disse Klécio Santos.
Segundo presidente da Desenvolve, Eduardo Brasil, a linha de crédito desenvolvida em parceria com a Pindorama resgata a dignidade dos rizicultores. “Um crédito prático e acessível para que essas famílias de rizicultores saíssem das mãos de agiotas com juros altíssimos. Essa foi uma pauta do governador Paulo Dantas, alinhada com o presidente Klécio, onde nós, da Desenvolve juntos com outras secretarias de Estado, ficamos muito contentes em conseguir realizar. Isso significa, mais do que tudo, dignidade. O mínimo que as pessoas precisam ter é dignidade para viver, e a Pindorama está resgatando, junto com o Governo do Estado, a dignidade dessas famílias”, destacou Brasil.
O gestor da Desenvolve afirmou que o financiamento também beneficia produtores sergipanos residentes nas áreas de divisa com Alagoas. “Existem rizicultores na região limítrofe do estado de Alagoas e, para atender aos anseios dessas famílias, e da indústria que está gerando emprego aqui no Sul do estado de Alagoas, nós estamos liberando crédito, também, para rizicultores do estado Sergipe”, garantiu Brasil.
Para o diretor-secretário da Pindorama, Antônio de Oliveira, ‘realização’ é a palavra que define o sentimento da Cooperativa pelos benefícios concedidos aos rizicultores.
“Pindorama se sente realizada, pois isso traz felicidade aqueles que estão à frente da Cooperativa, não só da administração, mas isso, com certeza, traz orgulho aos seus associados, que conseguem.fechar a cadeia na agricultura, planta e tem certeza que vai entregar o seu produto numa empresa séria para industrializar. Isso acontece, agora, aqui na região de Igreja Nova”, definiu Oliveira.
A linha de crédito para a rizicultura disponibiliza valores com juros mais baixos em relação aos praticados por instituições financeiras convencionais, além de conceder até 7 meses para quitação em parcela única, mas com 6 meses de carência.
Além dos 54 rizicultores já com contratos devidamente assinados, cerca de outros 180 estão aptos para receberem o beneficio, caso solicitem junto à agência de fomento.
Resgate da rizicultura
A Cooperativa Pindorama, vem, desde 2023, resgatando a rizicultura em Alagoas, muito por conta da aquisição da Unidade de Beneficiamento de Grãos, em Igreja Nova, a maior do Nordeste.
Segundo a agrônoma da unidade, Cleice Alves, somente no ano passado, quando as operações da indústria foram reiniciadas, 12 mil toneladas de arroz foram adquiridas junto ao produtores de Alagoas e Sergipe. Para este ano, a previsão é que essa quantidade quase triplique, podendo chegar a 30 mil toneladas.