UNICEF compartilha diagnóstico da infância e adolescência com municípios alagoanos

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UNICEF compartilha diagnóstico da infância e adolescência com municípios alagoanos
A programação das capacitações inclui um momento para debater a abordagem étnico-racial que acompanhará todo o percurso metodológico do Selo UNICEF


Encontro reúne 94 municípios participantes do Selo UNICEF 2025-2028, que já mobiliza mais de 2.200 cidades no Brasil, para planejar ações prioritárias

 Nesta quarta-feira (27), gestoras e gestores municipais de Alagoas receberão do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) um diagnóstico da situação de crianças e adolescentes em Alagoas, durante o 1º Ciclo de formação do Selo UNICEF - Caminhada dos Direitos de Crianças e Adolescentes, que será realizado a partir das 8h, no Centro de Inovação do Jaraguá, em Maceió. A análise reúne nove indicadores relacionados às áreas de saúde, educação, violência e acesso à água, que servirão de linha de base para orientar o planejamento e o monitoramento das ações do Selo UNICEF até 2028. 

A entrega marca o início da caminhada conjunta de 94 municípios alagoanos participantes do Selo UNICEF, com equipes do UNICEF e da Asserte, seu parceiro implementador, para garantir os direitos de meninas e meninos. No Brasil, a iniciativa mobiliza mais de 2.200 cidades no Semiárido e na Amazônia e atua para fortalecer ações que assegurem saúde e educação de qualidade, proteção social, prevenção às violências, acesso à água, saneamento e resiliência climática, além de participação social e cidadã de adolescentes, considerando a igualdade étnico racial como eixo transversal. 

Durante o encontro, as equipes terão acesso ao diagnóstico da infância e adolescência do seu município. Conforme o levantamento do UNICEF, os dados coletados apontam avanços, mas também revelam iniquidades persistentes, que impactam de forma mais dura crianças e adolescentes em maior situação de vulnerabilidade. “O Selo UNICEF trabalha lado a lado com os municípios, fortalecendo capacidades e políticas públicas que impactam diretamente a vida de crianças e adolescentes, especialmente aqueles que mais enfrentam desigualdades, com prioridade para crianças negras, quilombolas, indígenas e da zona rural”, destacou Immaculada Prieto, chefe do UNICEF para os estados de Alagoas, Paraíba e Pernambuco. 

Em nível estadual, Alagoas apresenta indicadores abaixo da média nacional: apenas 52% das escolas municipais do estado contam com esgotamento sanitário adequado, abaixo da média nacional (70%); 48% dos estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental da rede municipal estão alfabetizados x 59% da média do país; e o percentual de bebês nascidos vivos de mães adolescentes (10 a 19 anos) é maior (16%) do que a média nacional (11%). Na faixa etária de 10 a 14, Alagoas apresenta uma taxa de 9 por 1.000 contra 5 por 1.000 na média do país. O estado destaca-se positivamente em relação à cobertura vacinal contra pólio, com 91% de alcance, superando a média nacional (90%).

Esses e outros indicadores servirão como ponto de partida para que cada município trace estratégias locais de melhoria, com acompanhamento ao longo dos próximos quatro anos. Durante o encontro, os participantes também terão espaço para esclarecer dúvidas sobre a metodologia e sobre o próximo grande marco: a realização dos Fóruns Comunitários e a mobilização dos Núcleos de Cidadania de Adolescentes (NUCAs).

Equidade étnico-racial como prioridade

A programação das capacitações inclui um momento para debater a abordagem étnico-racial que acompanhará todo o percurso metodológico do Selo UNICEF. A proposta do UNICEF é fortalecer os esforços para que as políticas públicas alcancem as crianças indígenas e quilombolas nos municípios da Amazônia e do Semiárido Brasileiro, promovendo gestões municipais inclusivas e antirracistas e garantindo os direitos de crianças e adolescentes mais vulneráveis.

A raça/cor ainda é um dos principais indicadores de exclusão. Conforme dados da Busca Ativa Escolar divulgados pelo UNICEF em julho, 67% de meninos e meninas que estão fora da escola são pretos, pardas ou indígenas, o que reforça a necessidade de políticas públicas que enfrentem desigualdades de forma estruturada e intersetorial. 


Sobre o Selo UNICEF

O Selo UNICEF é uma das maiores iniciativas de fortalecimento de políticas públicas do País. Na última edição (2021-2024), 933 municípios receberam certificação, com avanços em indicadores de saúde, educação e proteção. A edição atual, que segue até 2028, já mobiliza mais de 2.100 cidades em 18 estados da Amazônia e do Semiárido.

Para o Selo UNICEF, o UNICEF conta com a parceria estratégica de Grupo Profarma, Equatorial Energia, Rumo, Vale e Fundação Vale, com a parceria de RD Saúde e com o apoio da Energisa.

*Sobre o UNICEF *

O UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, trabalha para proteger os direitos de cada criança e adolescente, em todos os lugares, especialmente os mais vulneráveis, nos locais mais remotos. Em mais de 190 países e territórios, fazemos o que for preciso para ajudar crianças e adolescentes a sobreviver, prosperar e alcançar seu pleno potencial. Em 2025, o UNICEF comemora 75 anos no Brasil.  O trabalho do UNICEF é financiado inteiramente por contribuições voluntárias. 


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